O Brasil em revés

Direitos Humanos | Proteção Ambiental | Democracia
  • Quando 18/11/2016 19h00 até 20/11/2016 15h00 (Europe/Berlin / UTC100)
  • Onde Bonn
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O Brasil vive uma reviravolta política. Em meados de maio, a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) foi suspensa de suas atividades. As acusações contra ela serão verificadas e subsequentemente o Senado decidirá se a Presidente será destituída de seu cargo. O presidente interino Michel Temer (PMDB) – um ex-parceiro de coalizão de Dilma Rousseff – criou imediatamente um novo gabinete e reduziu radicalmente o número de ministérios. Com medidas neoliberais, ele tenta enfrentar a atual recessão e por conseguinte vem deteriorando árduas conquistas no âmbito das políticas sociais. Diante dessas deligêngias, as expectativas não são as melhores, tanto para as minorias e os socialmente marginalizados quanto para a política de proteção ambiental. Trata-se de um procedimento democrático legítimo ou de um golpe institucional?
A política encontra-se em crise e a economia em uma recessão severa. Insatisfação e angústia impulsionam a população brasileira a ir às ruas – na cidade e no campo. Há uma discordância entre os manifestantes no que tange a avaliação da situação: Trata-se de uma real apuração de escândalos de corrupção ou apenas uma tentativa de ocultar os mesmos? A quem devemos confiar a tarefa de implementar reformas políticas? Uma coisa é certa: não há soluções claras e definitivas em vista.
Houve muito debate nos últimos meses, inclusive dentro dos própios movimentos sociais. Muitos já não se sentiam suficientemente representados pelo Partido dos Trabalhadores.
As proporções majoritárias da Câmara dos Deputados e do Senado impediram políticas progressistas esperadas pelos eleitores do PT. Os programas sociais estavam adicionalmente atrelados a um modelo de desenvolvimento que foi rejeitado por muitos. Agora os movimentos sociais temem que os êxitos alcançados no âmbito das políticas sociais e ambientais regridam por suspostos motivos orçamentários e que os direitos participativos se decomponham. A equidade social e ecológica sofrem eminentes ameaças de retrocessos diante da exploração selvagem de recursos em nome da política (pró)empresarial vigente.
Como os movimentos sociais e grupos de base estão enfrentando a situação atual? O que está em jogo na luta pelos direitos humanos e pela democracia? Que estratégias serão adotadas por eles e onde o apoio internacional é útil e necessário? Juntamente com os nossos convidados do Brasil e da Alemanha, procuraremos responder essas e outras questões. Além de palestras, teremos espaço para discussões e trocas de experiência. A conferência será realizada de forma bilíngue e a tradução ocorrerá simultaneamente. No sábado será aberto um espaço chamado “oficina de oportunidades” para apresentação institucional e expansão de contatos. Para as crianças presentes na conferência, haverá acompanhamento exclusivo.